História

COLÉGIO BATISTA TAYLOR-EGÍDIO: UM POUCO DESSA HISTÓRIA…

O atual Colégio Batista Taylor-Egídio, embrionariamente, marca seu nascedouro com um fato pungente: guerra civil americana, período de 1861 a 1865. As experiências vividas por muitos cristãos norte-americanos durante e pós a referida guerra, oportunizaram-lhes reflexões das mais profundas sobre o sentido da vida humana. A partir de suas conclusões, firmaram-se na decisão de entrega pessoal de suas vidas às missões.

Dentre as possibilidades de realização de missão, cristãos norte-americanos elegeram, também, o fazer educacional formal. Foram a vários países difundindo a filosofia que encarnava a educação como arte, como ciência e, sobretudo como um processo de vida, pela vida e para a vida… Uma visão global sobre o mundo; uma visão de sociedade; uma visão sobre a comunidade e uma visão sobre a pessoa em suas dimensões intra e inter relacionais (ANDRADE, 1998, p. 27 – 8).

Com esta filosofia os missionários chegaram ao Brasil, em Salvador – Bahia, no ano de 1898. Fizeram-se representar por Zacarias Clay Taylor e sua segunda esposa Laura Taylor. A Laura “deve-se a fundação do Colégio Americano Egídio que veio a chamar-se Colégio Taylor-Egídio, primeiro colégio batista brasileiro” (op cit, p. 44). Chamou-se Colégio Taylor-Egídio por 115 anos (1898 – 2013). Em 2013, com Pr. Edvar Gimenes Oliveira na presidência da Convenção Batista Baiana (CBBa), quando da assunção na direção geral da Profa. Sonilda Sampaio Santos Pereira, foi assumido com o nome Colégio Batista Taylor-Egídio.

A inserção do Batista ao nome do Colégio era projeto que tramitava nas assembleias da CBBa há anos. O casal Taylor era batista e sustentado por uma junta norte-americana batista. Também carrega o nome Egídio porque o capitão Egídio Pereira de Almeida associou-se ao casal Taylor, viveu uma experiência de espiritualidade, converteu-se ao cristianismo evangélico batista e doou suas terras, em Jaguaquara, para a construção do Colégio.

A área de terra doada foi de, aproximadamente, 300 hectares onde funciona o Colégio desde o ano de 1922 quando da transferência de Salvador para Jaguaquara. Durante seus 119 anos, passou por momentos áureos e por privações. Esteve no auge e sofreu recaídas. Fez travessias em mares sossegados e enfrentou turbulências quase ao ponto de submergir. Contudo, sempre foi amparado por uma vocação sobrenatural que o conduziu ao avanço e às mais inusitadas vitórias.

Um dos ex-diretores do Colégio, Prof. Carlos Dubois, comparava-o a um barco que a cada ano desatraca para o período letivo e volta a atracar-se ao término das aulas. Assim, à semelhança de uma tripulação que rompe mar a fora, ano a ano, perfazendo atualmente um total de 119 anos, os “denodados guerreiros”, militantes da proposta educacional tayloregidiana, vêm rompendo obstáculos para manterem viva a ação educativa na perspectiva da integralidade do ser e da libertação humana.

Desde sua fundação, no século XIX, o Colégio Batista Taylor-Egídio mantém a sua excepcional visão do ser humano inteiro, compreendendo suas dimensões: psíquica, emocional, física, relacional, social e espiritual. Por vezes realizou seu ideal educacional de compreender e agir com o referido ser; em outras vezes frustrou-se e precisou refazer o caminho, mas nunca apagou sua vocação primeira.

À guisa de uma contextualização, entre o final da década de 2010 até o ano de 2013, após a saída da direção geral da Profa. Stela Dubois, filha do casal Prof. Carlos Dubois e da Profa.Stela Câmara Dubois (estes dirigiram o Colégio por cinquenta e quatro anos, de 1938 a 1992), o barco quase naufragou e a poesia de Nani Azevedo, intitulada Meu Barquinho, “O vento balançou, meu barco em alto mar. O medo me cercou, e quis me afogar”, serviu-lhe de tema por traduzir aquela sua realidade.

Foi em meio à ventania que “balançava o barco em alto mar” quando, mais uma vez, volveu seu olhar para sua vocação primeira inspirada na “filosofia que encarna a educação como arte, como ciência e, sobretudo como um processo de vida, pela vida e para a vida”. Era outubro de 2013 e a CBBa tomou em suas mãos o leme, ousou posicionar-me como fiel entidade mantenedora, guardiã dos patrimônios materiais e imateriais do centenário colégio. A então diretoria da CBBa, presidida pelo Pr. Edvar Oliveira Gimenes, convidou a Profa. Sonilda Sampaio Santos Pereira para assumir a gestão e esta professora sugeriu que sua assunção fosse acompanhada pela vice-direção do Prof. Lourival Brito Guimarães.

Desde então, o Colégio tem caminhado respeitando suas vitórias brilhantes do passado histórico e perseguindo o ideal do enfrentamento das novéis demandas que os tempos hodiernos impõem. Para tanto, tem definido missão, visão, pilares, valores e objetivos a partir de concepções pedagógicas humanistas, libertadoras e conscientizadoras, pautadas na moral e na ética da educação cristã.